Muitas pessoas não tem conhecimento, mas o design mobiliário brasileiro é um dos mais consagrados do mundo. Temos grandes mestres da criatividade nos representando mundo a fora.
O mobiliário brasileiro representa a grande diversidade do país. A mistura de sotaques, climas, paisagens e principalmente de pessoas. Geralmente, os artistas procuram essa diversidade para se inspirar em suas peças e criações, criando moveis autênticos, variados, sofisticados e modernos, que se adaptam a qualquer ambiente.
Antigamente, em casas de alto padrão, era muito comum encontram moveis idealizados e criados por estrangeiros, e que não utilizava matéria-prima do Brasil. Mas com o modernismo brasileiro, isso mudou. Essa foi uma época que até mesmo grandes nomes da arquitetura se aventuraram pelo universo do design de móveis, como Oscar Niemeyer e Lina Bo Bardi.
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Grandes artistas fizeram parte deste movimento e outros estão fazendo muito sucesso hoje, vamos falar sobre alguns deles. Para quem gosta de decoração e design de interiores, provavelmente conhece muito desses grandes nomes.
Carlos Motta
Nascido nos anos 70 na Zona Oeste da capital paulista. Carlos Motta é notado pela criação de móveis focados na responsabilidade ambiental e social. Formado em arquitetura, ele estudou técnicas construtivas em madeira e ferro na Califórnia, nos Estados Unidos.
Motta trabalha atualmente com objetos utilitários e esculturas, além de projetos e execução de móveis. Todos os protótipos são feitos no seu atelier, formado por um escritório de arquitetura, um grupo de desenvolvimento de projetos e protótipos – uma marcenaria muito bem equipada, alguns seguem para a finalização artesanal em uma oficina fora de São Paulo, outros vão para indústrias conceitualmente alinhadas ao trabalho do designer, onde são produzidos em série.
Saiba mais sobre o seu trabalho e sua vida.
Rahyja Afrange
Formada em um curso de design de mobiliário na Dinamarca, estabelecendo-se em São Paulo em seu estúdio próprio, multidisciplinar, focado também em arquitetura e interiores. Seus móveis acompanham a lógica de cada material, em criações guiadas pela estética, funcionalidade e simplicidade. Cada projeto mostra a filosofia: “viver bem, em ambientes encantadores”.
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Irmãos Campana
Nascidos no interior de São Paulo. Fernando (formado em Arquitetura pelo Unicentro Belas Artes de São Paulo.) e Humberto (formado em Direito pela Universidade de São Paulo) Campana têm uma trajetória marcante, com suas criações únicas e de estilo sofisticado. Seus trabalhos de design são reconhecidos no mundo inteiro, com prêmios como o Le Prix du Nombre d’Or e George Nelson Design Award, além de serem uns dos poucos artistas a terem peças no acervo MoMA, em Nova York.
Seus trabalhos tem uma temática que discute elementos do cotidiano,produtos comuns, que são transformados em peças de caráter artísticos, com uma linguagem única e de, até, uso possível.
Jorge Zalszupin
Nascido em Viena, veio para o Brasil na década de 50 depois de escapar da perseguição aos judeus na Polônia e ter cursado arquitetura na Romênia.
Em 1959, fundou L’Atelier, fábrica pioneira na criação de móveis em série do país. Além disso, coordenou uma equipe de designers que trabalhavam para quatro fábricas de um mesmo grupo empresarial, o Forsa. Muitas de suas criações estão em prédios importantes de Brasília, incluindo o Palácio da Alvorada.
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Sergio Rodrigues
O arquiteto e designer, foi um dos pioneiros em design industrial no Brasil. Rodrigues foi também um dos grandes nomes do modernismo no país, principalmente nas décadas de 50 e 60. Sempre trabalhando com materiais inspirados na cultura indígena, como couro, palha e madeira.
Sua filosofia era: “O móvel não é só a figura, a peça, não é só o material de que esta peça é composta, e sim alguma coisa que tem dentro dela. É o espírito da peça. É o espírito brasileiro. É o móvel brasileiro.” Sergio Rodrigues teve seu trabalho exposto em diversos países do mundo, incluindo Estados Unidos, Espanha, Suécia, Bélgica e Argentina.
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José Zanine Caldas
Grande arquiteto, paisagista, escultor e designer que se tornou reconhecido como o “mestre da madeira”, por integrar o artesanato tradicional brasileiro e as influências modernistas. Chegou a ter seu trabalho exposto no Museu do Louvre, em Paris, além de dar aulas na escola de arquitetura de Grenoble, na França.
Nasceu na Bahia, e sempre se interessou por serrarias e trabalhos com madeira. Aos 13 anos, começou a esculpir presépios para os vizinhos e, aos 18, mudou-se para São Paulo para trabalhar como desenhista em uma construtora. Entre os anos 1940 e 1960, sua produção de móveis assinados se destacou no país. Ele atuou também com pesquisa e formação nas áreas de arte e arquitetura.